domingo, 28 de setembro de 2014

UMA PEQUENA PAUSA......

 



                      NOS PRÓXIMOS DIAS: 04 E 05 DE OUTUBRO DE 2014

                                                 NÃO POSTAREI,

                                                         POIS,

                                    FAREI UMA PEQUENA PAUSA.....

                                                      



                                                                              yosinoli
                                                                              setembro/2014
                 

sábado, 27 de setembro de 2014

Vamos falar de poesia?.....


Gira...gira...
Vai girando...
Como sempre
Pois, com a pá
Vou batendo
Tão depressa
Tão depressa
Como sempre
P'ra tão
Nívea
Como a neve
Ficar....

Gira...gira...
Vai girando...
Como sempre
P'ra uma massa
Deliciosa
Ficar
Pois, macia
Logo vai tornar

Gira, gira
Vai girando...
Como sempre
Pois,
Clientes  vão chegar

E
Sorvetes deliciosos
De limão, creme, coco
Abacaxi,
Logo
Vão solicitar....

Gira..gira...
Vai... girando...
Como sempre....

                                                               yosinoli
                                                               década de 19........

OBSERVAÇÃO: Tudo era manual.... sorvetes "massa",  batidos manualmente por algum tempo (não sei precisar quanto ). Era uma pá grande, e nós (eu e meus irmãos) fazíamos isso todos os dias....Eram sorvetes de limão, coco queimado, coco branco, abacaxi e outros....
Nessa época "massa" ou "casquinha" era sorvete de copinho.....e "palito(groselha, abacaxi, limão...." era picolé.
Meus pais tinham um bar e sorveteria....






domingo, 21 de setembro de 2014

Por que não!........


Às vezes acontece de eu ligar
A televisão
E deparar com candidatos
Fazendo campanhas
Políticas....

Todos são cordiais
Tomam cafezinho,
Comem pão com manteiga,
Às vezes arriscam
Comer salgadinhos
Na rua...
Abraçam os eleitores.....

Acho
Cenas "interessantes".....

Mas,
Vencendo ou não,
Não seria interessante
Os candidatos
Irem de vez em quando
Às periferias
E discutir
O que poderia ser feito....
No bairro, ou nos bairros?

Assim,
Teriam uma visão
Melhor da situação
Do local visitado....

E, então, quando pedirem apoio
Nas eleições, teriam mais argumentos....

                                                       setembro/2014
                                                        yosinoli

sábado, 20 de setembro de 2014

POESIA MATEMÁTICA DE MILLÔR FERNANDES 04B

continuação 3b

Tudo isso contribui para a polissemia do texto. A denotação pura pode ser contínua, enquanto que a conotação é sempre errática e descontínua.
Neste texto, certos trechos confirmam essa condição, como:
- Hipotenusa e Quociente, ao se falarem, descobriram que eram primos-entre-si, mas foi necessário que o autor interviesse para explicar que os primos entre si é o que, em aritmética, corresponde a almas irmãs (essa definição foi importante para enviar o texto novamente para o plano conotativo). Deve-se destacar que a expressão "primos entre si" também pode ser utilizada na linguagem corrente;
- Quociente e Hipotenusa resolvem se casar e constituir uma lar; novamente, faz-se necessária a intervenção do autor para deslocar o texto para o plano conotativo, então ele diz: mais que um lar, vão constituir uma perpendicular;
- Máximo Divisor Comum frequenta Círculos Concêntricos, e o autor acrescenta, providencialmente: viciosos.
     "Poesia Matemática" é portanto a poética do exato para o abstrato. É a flutuação do supostamente concreto para os confins da imaginação do leitor, que se espanta e se exalta diante de tamanha revolução. Afinal, como diria o próprio Barthes, "as palavras cumpriram seu papel. As palavras nunca são loucas - no máximo perversas"... (In Fragmentos de um discurso amoroso).
                                                                 p. 106 a 110

Referências Bibliográficas
1. FERNANDES, Millôr. Trinta Anos de Mim Mesmo. Rio de Janeiro: Nórdica, 1972.
2. BARTHES, Roland. Elementos de Semiologia. 2. ed. São Paulo: Cultrix, 1977. p. 93-99

Texto extraído do BOLETIM DO CENTRO DE ESTUDO PORTUGUESES
Vol. 13 n. 15 jan./jun. 1993. ISS 0101 - 7934
FALE/UFMG
Belo Horizonte
 

POESIA MATEMÁTICA DE MILLÔR FERNANDES (3B)

     Outro momento de deslocamento Se/So com motivação está no triângulo amoroso formado por Quociente, Hipotenusa e Máximo Divisor Comum. Entre tantas figuras geométricas e aritméticas inseridas no universo das relações humanas, o triângulo foi aquele que melhor se encaixou, pois trata-se de uma consagrada expressão anterior ao texto. Até mesmo o nome do futuro parceiro de Hipotenusa apresenta  o seu caráter motivado: ele é o Máximo Divisor Comum. Máximo, além de funcionar na composição de expressão matemática, também é um conhecido nome próprio; Divisor reflete a ação do elemento ao separar o casal, e divide ainda o que é Comum, o que já virou monotonia.
     Tem-se no texto vários exemplos de busca de sentido em nomes próprios e comuns, como os citados. Incógnita, Ápice à Base e Máximo Divisor Comum. Mas há momentos em que tal busca é engendrada com resultados melhores: Quociente e Hipotenusa se amam e traçam, "ao sabor do momento e de paixão", retas, curvas, círculos e linhas senoidais (sugerindo um movimento matemático, harmonioso e sensual ao mesmo tempo); após o casamento, o casal não só faz planos como também equações e diagramas para o futuro: o Máximo é frequentador de círculos concêntricos, oferece à Hipotenusa uma Grandeza Absoluta e consegue reduzi-la a um Denominador-Comum; etc. Em todos esses exemplos pode-se notar a tentativa do autor de dar sentidos a nomes aparentemente sem sentido ou a termos meramente matemáticos, ou mesmo, a tentativa de dar novo sentido a um signo, através de um processo de abrangência na sua referenciação. Note-se que os referentes aumentam, ao mesmo tempo em que os sentidos se renovam e se expandem.
      Na denominação de Roland Barthes², pode-se dizer que "Poesia Matemática" é um texto plural. Seu aspecto conotativo é amplo, o que conduz a uma ampla participação do leitor. É importante salientar que todos os processos já citados e explicados (deslocamentos, motivação, busca de sentidos, abrangência de referentes) resultam na mudança do plano denotativo para o conotativo.
                                                         continua na próxima postagem.....

domingo, 14 de setembro de 2014

"Poesia Matemática" de Millôr Fernandes....(02b)

continuação da postagem 01b
     
       Já o signo Incógnita, que na Matemática é um resultado desconhecido, sofre o deslocamento Se/So e, através de uma clara motivação, passa a denominar a Amada, esta realmente incógnita  (desconhecida), pois Quociente ainda não sabia nem mesmo o seu nome. Só mais tarde esse nome veio a ser conhecido: Hipotenusa. Interessante ressaltar que este signo é definido matematicamente pelo autor através da própria personagem Hipotenusa, valendo-se desse mecanismo para recuperar a pressuposição de um sentido naquele momento. Cabe ainda destacar que o referido signo possui um Se que remete o leitor a outros já consagrados nomes próprios como Vanusa, Gerusa, Aretusa, etc. Pertinente também é a combinação realizada pelo autor a descrição física da jovem amada. os atributos femininos, culturalmente mais apreciados pelos homens (boca, olhos, corpo, seios), são realçados pela posposição de adjetivos, a priori matemáticos, mas que com sua sonoridade e exotismo acabam por reforçar o tom de sensualidade e sedução daqueles atributos.
         Os deslocamentos prosseguem: Hipotenusa é vista, não dos pés à cabeça, e sim do "Ápice à base"; o casal se une para constituir não só um lar, mas uma "perpendicular" e convidam para padrinhos Poliedro e Bissetriz. Com relação a utilização destes últimos signos pode-se considerar o seu caráter motivado, ou seja, Poliedro faz lembrar Pedro, e Bissetriz lembra Beatriz. Ainda a respeito do signo Bissetriz pode-se salientar o ponto de interseção nos dois níveis de significado - no nível da Matemática, bissetriz significa uma reta que divide em partes iguais qualquer ângulo, e no nível social a madrinha de casamento também possui uma função de mediadora entre o casal.
                                                  continua na próxima postagem.....

Texto extraído de "BOLETIM DO CENTRO DE ESTUDOS PORTUGUESES
Vol. 13  n. 15 jan./jun. 1993. I S S N 0101-7934
FALE / UFMG
Belo Horizonte

"Poesia Matemática" de Millôr Fernandes (01b)

"Poesia Matemática":
 de Millôr Fernandes
DENOTAÇÃO X
CONOTAÇÃO / PRODUÇÃO
       DO SENTIDO

                                              Marcelo Chiaretto
                                       Rosimary Alves Vieira

Resumo

A análise proposta procura explicar, ou mesmo desvendar toda a revolução linguística empreendida por Millôr Fernandes em "Poesia matemática". Através de processos como deslocamentos Se/So, busca de motivação (interna e externa) e de sentidos na (re)construção e/ou na migração dos signos e, consequentemente, através da mudança de planos de expressão de denotativo para conotativo, o autor tece um texto amplamente elaborado, onde conceitos matemáticos se entrecruzam com conceitos de relações humanas e sociais. Deve-se considerar, por conseguinte, a "Poesia Matemática" como sendo a poética do exato para o abstrato. Uma flutuação do supostamente concreto para os confins da imaginação do leitor, que se espanta e se exalta diante de tamanha revolução.
 
        Pode-se dizer que a "Poesia Matemática" de Millôr Fernandes¹ estabelece uma verdadeira revolução linguística. Através de deslocamentos Se/So, busca de motivação (interna e externa) e de sentidos na (re) construção e/ou na migração dos signos e, consequentemente, através da mudança de planos de expressão do denotativo para conotativo, o autor tece um texto amplamente elaborado, onde conceitos matemáticos se entrecruzam com conceitos de relações humanas e sociais.
        Vamos agora partir para a análise e exemplificação desses processos citados, e assim, explicitar, na medida do possível , as condições de produção do referido texto, buscando justificar alguns dos sentidos possíveis ora encontrados.
         Os deslocamentos na relação Se/So dos signos no texto podem ser exemplificados de várias maneiras: Quociente" de "olhar inumerável" se apaixonou por uma "Incognita", de "olhos romboides, boca trapezoide, corpo octogonal, seios esferoides". Nesse trecho e outros, o autor estabelece deslocamentos objetivando  criar o seu mundo humanamente matemático.
          Quociente, no campo lexical da Matemática, nome do resultado de uma operação de divisão, se transforma numa figura humana com sentimentos - este signo, no que tange ao seu Se e ao contexto (nível da significação), pode ser correlacionado com adjetivos como inconsequente ("Quociente apaixonou-se/um dia/doidamente") ou consciente "Ele, Quociente, percebeu que com ela não formava mais um todo").
                                                             continua na próxima postagem.....

         
 

sábado, 13 de setembro de 2014

POESIA MATEMÁTICA (02)

continuação....
 
Retas, curva , círculos e linhas senoidais.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidianas
E os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E, enfim resolveram se casar
Constituir um lar.
Mais que um lar,
Uma perpendicular.
Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade
Integral
E diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
Muito engraçadinhos.
E foram felizes
Até aquele dia
Em que tudo, afinal,
Vira monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
Frequentador de Círculos Concêntricos.
Viciosos
Ofereceu-lhe, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.
Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais Um Todo,
Uma unidade. Era o triângulo,
Tanto chamado amoroso.
Desse problema ele era a fração
Mais ordinária
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
E tudo que era espúrio passou a ser
Moralidade
Como, aliás, em qualquer
Sociedade.
                        pags. 110/111

A "Poesia Matemática" foi extraída do
BOLETIM DO CENTRO DE ESTUDOS PORTUGUESES
Vol. 13 n. 15 jan./junh. 1993. I S S N 0101-7934

                 FALE / UFMG
                 Belo Horizonte

OBSERVAÇÃO: Experimentem analisar, interpretar essa poesia....

Poesia Matemática (01)

Poesia Matemática
           Millôr Fernandes

Às folhas tantas
Do livro matemático
Um Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base,
Uma Figura Ímpar;
Olhos romboides, boca trapezoide,
Corpo octogonal, seios esferoides.
Fez da sua
Uma vida
Pararela à dela
Até que se encontraram
No infinito.
"Quem és tu?, indagou ele
Com ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
- O que, em aritmética, corresponde
A almas irmãs -
Primos-entre-si.
E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
                                             continua na próxima postagem...

domingo, 7 de setembro de 2014

Pétalas que cairam foram levadas pelo vento....


Pétalas que caíram
Foram levadas  pelo vento e
Se perderam no infinito...

Sonhos que existiam,
Foram desfeitos....
Perdidos, carregados pelas
Águas turbulentas dos rios.

Depois das eleições,
Esperamos sempre
Que algo de novo aconteça....
Para melhor....

Nossos votos
SEMPRE
São sementes de esperança....

Eles,
Germinarão
E darão bons frutos?
Ou simplesmente,
SERÃO
Pragas que prejudicarão 
O nosso campo,
Levando-nos para mais quatro anos
De frustração....

Dúvidas, dúvidas, dúvidas....

Por quê, quando votamos
Não temos certeza que
Escolhemos candidatos
"Corretamente"?

Por quê, no íntimo
Não temos certeza
Que votamos "corretamente"?

Há sempre perguntas:
....Eles, os nossos candidatos
Irão corresponder as nossas
EXPECTATIVAS?.......

Não sei, não sei...não sei....

Os eleitos, governarão pelo interesse da população? Ou....

                                                                          yosinoli
                                                                          setembro/2014

OBSERVAÇÃO: Seria tão bom
Se os políticos
Olhassem com carinho, amor, compreensão,
O povo desse Brasil continental....



                                                                                                                                            








sábado, 6 de setembro de 2014

Ler ainda é a melhor parte de toda a história (04)

De acordo com Susan Sontag, a leitura em geral precede a escrita e o impulso para escrever quase sempre é despertado pela leitura

Êxtase - Infelizmente nunca perdemos o ego. Mas a leitura, esta espécie de êxtase para fora do corpo, é tão parecida com um transe que nos faz sentir sem o ego. Como a leitura - a leitura que arrebata e extasia - escrever ficção - habitando outros nós mesmos - dá também a sensação de perder-se.
    Todos gostam agora de pensar que escrever é apenas uma forma de olhar para si próprio. Como não se acredita mais que sejamos capazes de sentimentos autenticamente altruístas, não se supõe que sejamos capazes de escrever a respeito de ninguém mais, a não ser de nós mesmos.
     Mas isso não é verdade. William Trevor fala da audácia da imaginação não-autobiográfica. Por que você não escreveria para fugir de si próprio, da mesma forma como você pode escrever para se expressar? É muito mais interessante escrever a respeito dos outros.
      Aquilo, a respeito do qual eu escrevo, é diferente de mim. Da mesma forma como aquilo que escrevo é mais inteligente do que eu. Porque eu posso reescrevê-lo. Meus livros conhecem o que eu outrora conhecia, intermitentemente. E conseguir as melhores palavras na página não parece mais fácil, mesmo depois de escrever durante tantos anos. Ao contrário.
      E aqui está a grande diferença entre a leitura e a escrita.
      Ler é uma vocação, uma habilidade, na qual, com a prática, a gente tende a tornar-se cada vez mais especializada. O que a gente acumula como escritor, em sua maior parte são incertezas e ansiedades. (Tradução de José dos Santos).

Texto tirado de: CADERNO2/CULTURA
De "O Estado de São Paulo" - D5
Domingo, 29 de julho de 2001
Esse artigo pode ser acessado em Acervo de "O Estado de São Paulo"  - do dia:29/07/2001
 

LER AINDA É A MELHOR PARTE DE TODA A HISTÓRIA (03)

O CÉU DEVE SER UMA LEITURA INESGOTÁVEL
      
      A leitura normalmente precede a escrita. E o impulso para escrever é quase sempre detonado pela leitura. A leitura, o amor de leitura é o que faz a gente sonhar em ser escritor. E, muito tempo depois  de tornar-se escritor, ler livros escritos por outros - e reler os livros queridos do passado - constitui uma distração irresistível. Distração. Tormento. E, com certeza, inspiração.
   Sem dúvida, nem todos os escritores admitem isso. Lembro-me de ter dito certa vez alguma coisa a V.S. Naipaul a respeito de um romance inglês do século 19, que eu adorava. Era um romance muito conhecido e eu supunha que ele também o admirava tanto quanto eu e todos os que se preocupavam com a literatura. Mas ele confessou que não havia lido esse livro. E, ao ver uma sombra de tristeza em meu rosto, ele acrescentou com seriedade: "Susan, eu sou um escritor, não um leitor."
     Muitos escritores que já não são mais jovens, afirmam, por vários motivos, que lêem muito pouco. Na verdade, alguns chegam ao ponto de julgar que ler e escrever são coisas incompatíveis. Talvez seja verdade, no caso de alguns escritores. Não cabe a mim julgar. Se o motivo é a ansiedade, o medo de serem influenciados, então isso me parece uma preocupação vã e vazia. Se o motivo é falta de tempo - existem tantas horas durante o dia  e as que são gastas com a leitura evidentemente são subtraídas daquelas em que uma pessoa poderia escrever - então isso é um ascetismo ao qual eu não aspiro.
     Perder-se na leitura de um livro - essa antiga frase não é uma fantasia, mas uma realidade modelar, que vicia. Virginia Woolf ficou famosa ao dizer numa carta:
"Às vezes, penso que o céu dever ser uma leitura contínua e inesgotável." Certamente, a parte celestial é que - no dizer de Woolf uma vez mais - " o estado de leitura consiste na mais completa eliminação do ego".
                                                       continua na próxima postagem....