Fica assim explicado o misiticismo crítico-religioso do poeta da Mensagem, a que se associa, completando, a sua teofonia ocultista. Intentados os "símbolos" e os "avisos" Os Tempos surgem da necessidade adventícia de redenção, mas mesmo assim, apenas requerida na ilusão e/ou desilusão. A arquetipia da aventura de alma portuguesa aqui comparece com toda a sua força simbólica: o mar, o desafio, a descoberta - temas da viagem vis-à-vis a aventura da auto-suficiência.
Os poemas de Os Tempos são um verdadeiro microcosmo de cerrada simbologia, cujos motivos temáticos, que difusamente tratam, se encontram desenvolvidos, em sua referencialidades, no decorrer de toda a obra.
Ainda dentro do cabalístico e teosófico, acentua-se o tema da espiritualidade do terceiro elemento triádico, sempre a se buscar para completar as correspondências trilaterais: "Senhor, os dois irmãos do nosso Nome / O Poder e o Renome - / Ambos se foram pelo mar da idade / À tua eternidade." (in Noite, p. 21) Aos dois, o Poder e o Renome, sempre se requer a intentada busca de um terceiro. Em Antemanhã, é o mesmo Mostrengo que diz "Quem é que dorme a lembrar / Que desvendou o Segundo Mundo / Nem o Terceiro quere desvendar (p. 23)
Já no final da Mensagem, a simbologia está completa nos níveis da sua significação: o princípio é a transmutação, transubstanciação do real (histórico-nacional) no ideal (metafísico-espiritual). Tal processo acha-se tão consubstanciado na mente e espírito do poeta que a redenção atinge cada vez mais profunda: Portugal é a Alma e a Dimensão de um reino de quinta-essência: O Quinto Império.
Fernando Pessoa, o "profeta" do "supra-Camões" (não seria esse ele próprio?) realiza a densidade épico-fatual de Os Lusíadas. Só que a sua épica é a épica da nação-sentimento e nação-espiritualidade: Peregrinátio ad loca sancta - "Valete, Frates" (p. 23)
continua na próxima postagem......
Os poemas de Os Tempos são um verdadeiro microcosmo de cerrada simbologia, cujos motivos temáticos, que difusamente tratam, se encontram desenvolvidos, em sua referencialidades, no decorrer de toda a obra.
Ainda dentro do cabalístico e teosófico, acentua-se o tema da espiritualidade do terceiro elemento triádico, sempre a se buscar para completar as correspondências trilaterais: "Senhor, os dois irmãos do nosso Nome / O Poder e o Renome - / Ambos se foram pelo mar da idade / À tua eternidade." (in Noite, p. 21) Aos dois, o Poder e o Renome, sempre se requer a intentada busca de um terceiro. Em Antemanhã, é o mesmo Mostrengo que diz "Quem é que dorme a lembrar / Que desvendou o Segundo Mundo / Nem o Terceiro quere desvendar (p. 23)
Já no final da Mensagem, a simbologia está completa nos níveis da sua significação: o princípio é a transmutação, transubstanciação do real (histórico-nacional) no ideal (metafísico-espiritual). Tal processo acha-se tão consubstanciado na mente e espírito do poeta que a redenção atinge cada vez mais profunda: Portugal é a Alma e a Dimensão de um reino de quinta-essência: O Quinto Império.
Fernando Pessoa, o "profeta" do "supra-Camões" (não seria esse ele próprio?) realiza a densidade épico-fatual de Os Lusíadas. Só que a sua épica é a épica da nação-sentimento e nação-espiritualidade: Peregrinátio ad loca sancta - "Valete, Frates" (p. 23)
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