domingo, 27 de abril de 2014

VAMOS FALAR DE POESIA?.......


QUESTIONAR... OU...CERCEAR....

ÀS VEZES SENTIMOS TOLHIDOS EM NOSSOS PENSAMENTOS...
...AS COISAS NÃO SAEM COMO PRETENDEMOS...
     -AS NOSSAS IDÉIAS NÃO SÃO ACEITAS-
ENTÃO, LOGO TEMOS VONTADE DE CERCEAR
OPINIÕES CONTRÁRIAS....
........................................
É CORRETO?
NÃO SEI....
.......................................
PORTANTO,
DEVEMOS QUESTIONAR OU
CERCEAR?
...............................
QUESTIONANDO,
 DAMO-NOS, NOVAS OPÇÕES
COMO:  OPORTUNIDADE DE
ABRIR  O LEQUE DE NOSSOS PENSAMENTOS
QUE IRÃO NOS SUGERIR NOVOS CAMINHOS A SEGUIR;
....................................................................................
CERCEANDO,
ESTAMOS NEGANDO
O QUE EXISTE DE BELO EM NOSSA VIDA:
A
LIBERDADE....
......................
ENTÃO,
VAMOS
QUESTIONAR....
.........................
CERCEAR,
JAMAIS......

yosinoli
Década de 2000

sábado, 26 de abril de 2014

 D6-O ESTADO DE S.PAULO  CADERNO2/CULTURA   DOMINGO, 22 DE JULHO DE 2001
                                                        MERCADO CULTURAL


                                                      REVISTA DAS REVISTAS
                                           As fraquezas da crítica e a força da poesia

Conferências atacam os críticos e mostram como autores viraram originais
MOACIR AMÂNCIO

A prática da crítica pode, maldosamente, ser considerada atividade exercida sobretudo por gente que sofre do fígado e acaba fazendo da birra a própria cara que se vai tornando cada vez mais feia - pelo menos do ponto de vista dos criticados.
Ora, nem sempre os críticos deixam de ter razão, mesmo quando elogiam a vítima. De qualquer modo, há aqueles casos horríveis, de inopinadas explosões, que deixam meio mundo com medo. A descarga de bílis pode ser tão pesada que arrasa um virtual grande talento para o resto da vida. O britânico Harold Pinter disse que a crítica contra um dos seus primeiros, ou o primeiro texto teria livrado o mundo de algumas obras primas teatrais (isso ele não disse), se um artigo providencial não tivesse sido a táboa de salvação. É mais um caso do autor indefeso à mercê das carantonhas vociferantes. Mas por que tanta fúria e tantas vezes contra obras que de repente se revelam inovadoras?
       Edward Mendelson, ao escrever sobre The Strenght of Poetry, série de conferência de James Fenton ( Book Review, dia 15), fornece a pista que pode nos explicar a reação diante do ainda incompreensível - brilhantemente analisada, como momento privilegiado por Anton Erehnzwig em A Ordem Oculta da Arte. Em duas resenhas, Mendelson registrou a reação raivosa, a ofensa "além de qualquer proporção imaginável". Mendelson explica: " A fúria intelectual geralmente parece ser uma forma de defesa contra conhecimento intolerável. (...) O que é que eles tão urgentemente querem ignorar?" A pergunta vale por si própria como resposta cristalina.
      Bem, mas o artigo de Mendelson, sobre poesia, tem o seguinte título: O pessoal é poético. Um título com todo o jeito de lugar comum. E é isso mesmo, um lugar comum, mas dos bons pelo simples fato do que são necessários. Sim, o estritamente pessoal e poético:,  o desencanto e a ironia de Drummond, o lúdico em Borges, a percepção do caos em Murilo Mendes, o delírio em Rimbaud, o sereno desespero em Cecília Meireles, etc. É aí, desses pontos pessoais inalienáveis que vem a poesia de cada um, da qual nós leitores compartilhamos sempre que o autor afunda tanto em si mesmo que sai do outro lado, arlequinal, É daí que vem a força poética. No entanto, essa força resulta da fraqueza e também do que as pessoas consideram, digamos, pequenas ou mesmo grande falhas de caráter.
     "A força da poesia, como James Fenton a percebe, depende da fragilidade dos poetas. Suas conferências sobre escritores do século 20, de Wilfred Owen e Marianne Moore até Sylvia Plath e Seamus Heaney, são tributos aos ardis e confusões, à teimosia e estranhezas que formam a voz única de cada poeta. Ao assumir que Fenton descreve como humilhações e fracassos, pela recusa a planejar seus caminhos para o êxito, esses poetas  se liberam para escrever para escrever de maneiras que falam aos seus leitores, como eles jamais poderiam fazer numa forma
convencional de potência." 
      Além disso, pode ocorrer que a força poética decorra de situações nada poéticas, o que parece implicar numa crítica à visão da poesia como algo exclusivamente livresco: "Fenton é mais impressionado por poetas quando eles são menos marcados pela poesia, especialmente a deles mesmos. Winfred Owen escreveu os seus melhores poemas quando estava distraído da intemporalidade de sua arte por "uma importante tarefa do aqui e agora: a tarefa de prevenir e ser realista a respeito da guerra. "D.H.Lawrence, no melhor da sua poesia, "não está interessado em arte. Mas ele está interessado em liberdade".

Texto tirado do jornal " O ESTADO DE SÃO PAULO " - CADERNO/CULTURA
Publicação: Domingo, 22 de julho de 2001
Autor: Moacir Amâncio
Nota: Esse artigo pode ser conferido acessando o acervo de " O ESTADO DE SÃO PAULO", do dia 22 de julho de 2001.


 

domingo, 20 de abril de 2014

VAMOS FALAR DE POESIA?....

 

Naquela janela
No vaso mantinha
Tão rósea, tão bela
A altiva flor rainha

Fragrância espalhava
Ao longo da sala
Visita na ala
Perfume aspirava

Naquela janela
Até ontem, a rainha
Tão rósea, tão bela
As pétalas, tinha

A sala se pontilha
De pétalas caídas...
Tão murchas, tão tristes
Sem viços e sem vidas....
 
                                         yosinoli
                                         década de 70
 

OBSERVAÇÃO:  Como uma flor, o ser humano em sua juventude é altiva,  exuberante; demonstra vigor, saúde, beleza ...... depois vem a maturidade, importante ao ser humano; finalmente, a flor começa a perder pétalas, por fim morre; assim também o ser humano, entretanto, o ser humano não morre, dorme.... para atingir a eternidade....

domingo, 13 de abril de 2014

VAMOS FALAR DE POESIA?......


UM PASSEIO

 A manhã está tão linda...O céu azul,
Pássaros cantando,
Borboletas bailando,
E.... eu,
Paisagem se apresentando....

 
Bate em meu rosto
O frescor da brisa da manhã....
Sinto-me tão feliz....
Agora, em nada pensando...
Apenas...
Contemplando...
 
Contemplando:

O céu azul,
Pássaros cantando,
Borboletas bailando
E, os saguis
Traquinando...
                       yosinoli

sábado, 12 de abril de 2014

AINDA CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

NOVA CANÇÃO DO EXÍLIO

                                                       A Josué Montello

Um sabiá
na palmeira, longe.
estas aves cantam
um outro canto.

O céu cintila
sobre flores úmidas,
Vozes na mata,
e o maior amor.

Só, na noite,
seria feliz:
um sabiá,
na palmeira, longe.

Onde é tudo belo
e fantástico,
só na noite
seria feliz.
(Um sabiá,
na palmeira, longe.)

Ainda um grito de vida e
voltar
para onde é tudo belo
e fantástico:
a palmeira, o sabiá,
o longe.
                           pag. 71

Carlos D.Andrade

Do livro: A ROSA DO POVO
Carlos Drummond de Andrade
32ª EDIÇÃO
EDITORA RECORD - Rio de Janeiro . São Paulo - 2006


domingo, 6 de abril de 2014

VAMOS FALAR DE POESIAS?....



 

SENTIR OS SEUS LÁBIOS GÉLIDOS,
SENTIR O CALOR DO SEU CORPO..

MEU AMOR,
É SENTIR:
AMOR...
ALEGRIA E
DESEJO.....
                    yosinoli
                   Década de 70

 Observação: Acredito que foi na década de 70 que surgiram batons com sabores, como o de menta.
                       


                        

                

sábado, 5 de abril de 2014

DRUMMOND

                                                                         JORNAL DA TARDE
                                                                                Drummond
                                                                                                           Especial

                                   SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE  2002
                                              
                                              O POETA QUE CULTIVOU A ROSA DO POVO
                                             

                                              GERALDO MAYRINK
                                              JT/AE

Carlos Drummond de Andrade há 100 nasceu  e tomou conta da literatura em língua portuguesa com seu lirismo, com uma incrível versatilidade e com a aguda percepção do que era novo e moderno
 
                                               O caminho de Carlos Drummond de Andrade estava escrito nas estrelas, na cauda raivosa de um cometa montado por um anjo torto. Aos 15 anos, ele sonhava com o melhor dos mundos e escreveu numa folha de caderno:
                                                 Uma onda veio, mansamente,
                                                 espreguiçar-se nas praias,
                                                 numa carícia dolente.
                                                 Muitos anos depois, este caminho o levava  à beira de um abismo e a mesma mão gravou em outra folha de papel:
                                                 Ganhei (perdi) meu dia
                                                 E baixa a coisa fria
                                                 Também chamada noite,
                                                  e o frio ao frio
                                                  Em bruma de entrelaça num 
                                                  suspiro
                                                  E me pergunto e me respiro
                                                  Na fuga deste dia que era mil
                                                  Para mim que esperava
                                                  Os grandes sóis violentos me
                                                   sentia
                                                   Tão rico neste dia
                                                   E lá foi secreto, ao serro frio
                                                   Perdi minha alma à flor do
                                                   do dia, ou já perdera
                                                   Bem antes sua vaga pedraria?
                                                   O menos místico, talvez o menos religioso dos poetas brasileiros não tirava os olhos do infinito. O Halley, o mais notável  dos cometas periódicos ( pois aparece a cada 76 anos), marcou os primeiros anos do poeta não periódico na galáxia da lira brasileira que ele escreveu o poema O Cometa. "A descrição do céu me fascina", observou. "Serei astrônomo na idade provecta, nasci para isto e não sabia. Meus olhos viajarão e explorarão corpos estrelares infinitos e morrerei copermicamente doutor em galáxias. "Achou que era o fim do mundo:
                                                    Olho o cometa
                                                    Com deslumbrado horror
                                                     de sua cauda(....)
                                                     O sentimento crava unhas
                                                     Em mim: não tive tempo
                                                     Nem mesmo de pecar
                                                     ou pequei bem?
                                                     O menino nada podia contra o universo, mas tentou domá-la com palavras e assim se tornou parte dele, no seu lado mineral, pétreo, aquoso - entre uma onda, a "a coisa fria", a "noite", os "sóis violentos", a "vaga pedraria". Não poderia ser diferente. "Eu era uma pessoa inadaptada à vida social, não sabia como me explicar", disse ele na maturidade. E não era para ter sido assim, segundo o senso comum. Carlos era o nono filho de um fazendeiro e político, um "coronel" daqueles bons, de outrora, Carlos de Paula Andrade, e de Julieta Augusta Drummond, do lar. Ele (morto em 1931) era severo, orgulhoso, autoritário, corajoso e viril, descendente remoto de uma casta de nobres portugueses que incluíam donos de terra ladrões e assassinos. Ela (morta em 1948) era tímida, preocupada apenas com os afazeres domésticos, e descendente remota de nobres escoceses sanguinários que barbarizavam e saqueavam as terras dos vizinhos ( o próprio poeta, que fez uma pesquisa sobre suas origens, desistiu de saber mais).
                      Tudo ia bem no seu currículo escolar até que o expulsaram do Colégio Anchieta, de Nova Friburgo (RJ), para onde o pai o mandou como interno. Ganhou nota 4 em português, "por comiseração", conforme achou, "porque os jesuítas daquele tempo eram diabólicos". Tinha 17 anos. Escreveu uma carta reclamando  que deveria ter recebido nota ainda mais baixa e os padres ficaram indignados com sua "rebeldia de espírito". As consequências foram enormes  para o aluno. "Num certo sentido, liquidaram com a minha vida, escreveu depois. "Perdi a fé. Perdi tempo. E sobretudo perdi a confiança na justiça dos que me julgavam. Nunca mais fiz um curso regular na vida. Se tivesse tido uma formação  cultural mais completa, acredito que pudessem me chamar razoavelmente de escritor."
 
Continua na pag. 4
 
OBSERVAÇÃO: O Jornal da Tarde publicou nessa data um especial com 8 páginas...
                               Eu acho que vale a pena conferir.......
                               O especial foi publicado em 30 de outubro de 2002 - JORNAL DA TARDE-