sábado, 26 de novembro de 2016

A LITERATURA PORTUGUESA (04)

                continuação da postagem anterior.......

               CANTIGA DE AMOR - Este tipo de cantiga define-se, de acordo com a "Arte de Trovar" que precede o Cancioneiro da Biblioteca Nacional, pela circunstância de que "eles falam na primeira cobra" (estrofe). Nela o trovador empreende a confissão, dolorosa e quase elegíaca, de sua angustiante experiência passional frente a uma dama que parece indiferente, inacessível aos seus apelos, entre outras razões porque de superior estirpe social, enquanto ele era, quando muito, fidalgo decaído. Uma atmosfera plangente, suplicante, de literania, varre a cantiga de ponta a ponta. Os apelos do travador colocam-se alto, num plano de espiritualidade, de idealidade ou contemplação platônica, mas que entranham no mais fundo dos sentidos.
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
                                 continua na próxima postagem...............................

Extraído do livro:
A Literatura Portuguesa
Massaud Moisés
Edição Revista e Atualizada
37ª  edição 2010
2ª reimpressão 2015
Editora Cultrix
São Paulo

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

A LITERATURA PORTUGUESA (03)



                                                             A Poesia Trovadoresca

             
                         Na Provença, o poeta era chamado de troubadour, cuja forma correspondente em Português é trovador, da qual deriva trovadorismo, trovadoresco, trovadorescamente.  No norte da França, o poeta recebia o apelativo trouvére, cujo o radical é idêntico ao anterior: trouver(achar). Os poetas deviam ser capazes de compor, achar os versos e o som (melodia), isto é, a sua canção, cantiga ou cantar, e o poema assim se denominava por implicar o canto e o acompanhamento musical.
                          A poesia trovadoresca apresentava duas espécies principais: a lírico-amorosa e a satírica. A primeira divide-se em cantiga de amor e cantiga de amigo; a segunda, em cantiga de escárnio e cantiga de malidizer. O idioma empregado era o galego-pªortuguês, em virtude da então unidade linguística entre Portugal e a Galiza.
                                                                            continua na próxima postagem.....

Extraído do livro:
A Literatura Portuguesa
Massaud Moisés
Edição Revista e Atualizada
37ª  edição 2010
2ª reimpressão 2015
Editora Cultrix
São Paulo

sábado, 19 de novembro de 2016

A LITERATURA PORTUGUESA (02)

                             continuação da postagem anterior......

                   Todavia, é da Provença que vem o influxo próximo. Aquela região medieval da França tornara-se no século XI um grande centro de atividade lírica, mercê das condições de luxo e fausto oferecidas aos artistas pelos senhores feudais. As Cruzadas, compelindo os fiéis a procurarem Lisboa como porto mais próximo para embarcar como destino a Jerusalém, propiciaram a movimentação duma fauna humana mais ou menos parasitária, em meio à qual iam jograis e trovadores. Estes, utilizando o chamado "caminho francês", aberto nos Pirineus, introduziram em Portugal e Galiza, por volta de 1140, a nova moda poética.
                   Fácil foi a sua adaptação à realidade galego-portuguesa, graças a ter encontrado ambiente favoravelmente predisposto, formado por uma espécie de poesia popular de velha tradição. A íntima fusão de ambas as correntes (a provençal e a popular) explicaria o caráter próprio assumido pelo trovadorismo em terras galegas e portuguesas.
                   A época inicia-se em 1198 (ou 1189), com a "cantiga de garvaia", dedicada por Paio Soares de Taveirós a Maria Pais Ribeiro, e termina em 1418, quando Fernão Lopes é nomeado Guarda-Mor da Torre do Tombo, ou seja, conservador do arquivo do Reino, por D. Duarte.
                                                        continua na próxima postagem......
 
Texto extraído do livro:
A Literatura Portuguesa
Massaud Moisés
Edição Revista e Atualizada
37ª edição 2010
2ª reimpressão 2015
Editora Cultrix
São Paulo
 

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

PARABÉNS....PARABÉNS......



                               PARABÉNS.....PARABÉNS.....

                                        L A RI S S A

                                                 E

                                         L U A N A
                                     -MAIS UM ANO- 
                                    (12 ANINHOS)
                                FESTEJADO NO DIA
                                        14/11/2016
                                                               
                                            FOI
                                UMA LINDA FESTA
                                QUE PAPAI E MAMÃE
                                FIZERAM PARA VOCÊS.......

                                ENTÃO, PARABÉNS PARA PAPAI
                                           E MAMÃE....
                                           TAMBÉM!.......

                                                                     Beijos
                                                                 tio shinori
                                                                                

sábado, 5 de novembro de 2016

UMA BREVE PAUSA!......





                                                 UMA BREVE PAUSA!.....
                                                 NOS DIAS:
                                                 12 E 13 DE NOVEMBRO
                                                 DEIXAREI DE POSTAR....

                                                 VOLTAREI A POSTAR NO
                                                 DIA: 19 DE NOVEMBRO....

                                                                           novembro
                                                                            yosinoli

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

A LITERATURA PORTUGUESA



                                                         TROVADORISMO
                                                         (1198 - 1418)

                                                                   
                                                                PRELIMINARES

                   
As primeiras décadas dessa época transcorrem durante a guerra de reconquista do solo português, ainda em parte sob domínio mourisco, cujo derradeiro ato se desenrola em 1249, quando Afonso III se apodera de Albufeira, Faro, Loulé, Aljezur e Porches, no extremo sul do país, batendo definitivamente os últimos baluartes sarracenos em Portugal. E apesar de tão absorvente a prática guerreira durante esses anos de consolidação política e territorial, a atividade literária beneficiou-se de condições propícias, e pôde desenvolver-se normalmente. Cessada a contingência bélica, observa-se o recrudescimento das manifestações sociais típicas dos períodos de paz e tranquilidade ociosa, entre as quais a literatura.
         Em resultado desse clima pós-guerra, a poesia medieval portuguesa alcança, na segunda metade do século XIII, seu ponto mais alto. A origem remota dessa poesia constitui ainda assunto controvertido; admitem-se quatro fundamentais teses para explica-la: a tese arábica, que considera a cultura arábica como sua velha raiz; a tese folclórica, que a julga criada pelo povo; a tese médio-latinista, segundo a qual essa poesia ter-se-ia originado da literatura latina produzida durante a Idade Média; a tese litúrgica considera-a fruto da poesia litúrgico-cristã elaborada na mesma época. Nenhuma delas é suficiente, de per si, para resolver o problema, tal a sua unilateralidade. Temos de apelar para todas, ecleticamente, a fim de abarcar a multidão de aspectos contrastantes apresentada pela primeira floração da poesia medieval.
                                                                   continua na próxima postagem......
 
Texto extraído do livro:
A LITERATURA PORTUGUESA
Massaud Moisés
Editora Cultrix
São Paulo
37ª edição 2010
2ª reimpressão 2015