domingo, 23 de fevereiro de 2014

CASIMIRO DE ABREU

                                   DEUS!

EU ME LEMBRO! EU ME LEMBRO! - ERA PEQUENO
E BRINCAVA NA PRAIA; O MAR BRAMIA
E ERGUENDO O DORSO ALTIVO, SACUDIA
A BRANCA ESCUMA PARA O CÉU SERENO.

E EU DISSE A MINHA MÃE NESSE MOMENTO:
"QUE DURA ORQUESTRA! QUE FUROR INSANO!
"QUE PODE HAVER MAIOR DO QUE O OCEANO,
"OU QUE SEJA MAIS FORTE DO QUE O VENTO?!" -

MINHA MÃE  A SORRIR OLHOU PR'OS CÉUS
E RESPONDEU: - " UM SER QUE NÓS NÃO VEMOS
"É MAIOR DO QUE O MAR QUE NÓS TEMEMOS,
"MAIS FORTE QUE O TUFÃO! MEU FILHO,  É - DEUS!"

                                                    Dezembro - 1858 -

Dados Biográficos:
Nasce em 04 de janeiro de 1939 e falece em 18 de outubro de 1860;
07 de setembro de 1859: Em carta escrita do Rio de Janeiro anuncia a um seu amigo que "finalmente" saiu o seu livro de poesias. São AS PRIMAVERAS.

-De NOSSOS CLÁSSICOS
       CASIMIRO DE ABREU
       POESIA
       Livraria AGIR Editora - 1961
       Rio de Janeiro


De todas as POESIAS DE CASIMIRO DE ABREU, acho que a mais conhecida é, CANÇÃO DO EXILIO:

Eu nasci além dos mares:
          Os meus lares,
Meus amôres ficam lá!
- Onde canta nos retiros
        Seus suspiros,
Suspiros o sabiá!

.........................................
.........................................
.........................................

Distante do solo amado
          -Desterrado -
A vida não é feliz.
Nessa eterna primavera
           Quem me dera,
Quem me dera o meu país!

- Também de: Nossos Clássicos.

A Canção do Exilio é composta de sete estrofes: postadas aqui, apenas a primeira e a última.
Casimiro de Abreu viveu na fase romântica da literatura brasileira.




sábado, 22 de fevereiro de 2014

VAMOS FALAR DE POESIA?..





PALAVRAS AMÁVEIS
FAZEM-NOS SORRIR....
MAS,
PALAVRAS AMARGAS
FAZEM-NOS REPRIMIR....
FAZENDO O  NOSSO CARAÇÃO
NA TRISTEZA
IMERGIR.......

Década de 70
yosinoli

domingo, 16 de fevereiro de 2014

VAMOS FALAR DE POESIA?

Beija-Flor

Adejando alegremente
Paira no -ar- o beija flor,
Pois, é costume frequente
Beijar a - rainha flor -

Com delicado biquinho
Beija a flor - a avezinha -
Retirando com carinho
O néctar nesta tardinha....

Por alguns segundos, fica...
Tranquilo como o é sempre
Numa posição indiferente....

Mas... logo rapidamente
Voltando-se para trás,
Sai a procura de uma outra flor.....

yosinoli
Década de 1970

AINDA FERNANDO PESSOA........

                           ISTO

Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.

Tudo o que sonho ou posso,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério  do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!

Fernando Pessoa

De: Poesias de Fernando Pessoa
Pag. 238
Obras Completas de Fernando Pessoa
Edição Ática - 11ª edição

Observação: Além dos heterônimos há também obras em seu nome: como Poesias de Fernando Pessoa, Mensagem, Poemas Dramáticos e Poemas Ingleses.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

FERNANDO PESSOA

Sábado - 4-11-95                               Caderno de                                        JORNAL DA TARDE - 1
                                                           S Á B A D O


                                            FERNANDO PESSOA OCULTO

            Às vésperas dos 60 anos da morte do poeta português, seus admiradores ainda buscam conhecer as várias faces de um autor singular
 
                                                        Por João Alves das Neves
                                            
 
 Fernando Antônio nasceu às 15h20 de 13 de junho de 1888- dia Santo Antônio, cujo nome civil foi Fernando - e desapareceu às 20h30 de 30 de novembro de 1935. O nascimento e a morte ocorreram em Lisboa. Terá redigido os primeiros versos, em 26 de julho uma quadra, dedicada "à minha querida mamã":
 
 Ó terras de Portugal
 Ó terras onde nasci
 Por muito que goste delas
 Inda gosto mais de ti. 
 
 Tinha 14 anos quando viu impresso o seu primeiro poema, publicado em O Imparcial (Lisboa, 18 de julho de 1902). Glosando uma quadra de Augusto Vicente, escreveu Fernando Pessoa (em 31 de março de 1904):
 
 Quando a dor me amargurar,
 Quando sentir penas duras,
 Só me podem consolar
 Teus olhos, contas escuras.
 
 D'elles só brotam amores;
 Não há sombras d'ironias;
 Esses olhos seductores
 São duas Avé Marias.
 
 Mas se a ira os vem turvar
 Fazem-se sofrer torturas
 E as contas todas rezar
 D'um rosário d'amarguras.
 
 Ou se os alaga a afllição
 Peço pra ti alegrias
 N'uma fervente oração
 Que reso todos os dias!
 
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Publicado em 04.011.1995
Caderno de Sábado
Jornal da Tarde - pertencia ao Estadão - O Estado de São Paulo
Por João Alves das Neves - jornalista
 
Fernando Pessoa, famoso também por heterônimos: Alberto Caieiro, Álvares de Campo e   Ricardo Reis; também outro menos conhecido, Bernardo Soares: Livro do Desassossego.
 
Livros consultados:
A literatura portuguesa
Autor: Massaud Moises
27ª edição, revista e aumentada
Editora Cultrix - São Paulo
 
 
 
 
 
                        
 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

VAMOS FALAR DE POESIA?

AUTOPSICOGRAFIA

                                         O poeta  é um fingidor.
                                         Finge tão completamente
                                         Que chega a fingir que é dor
                                         A dor que deveras sente.

                                          E os que lêem o que escreve,
                                          Na dor lida sentem bem,
                                          Não as duas que ele teve,
                                          Mas só a que eles não têm.

                                          E assim nas calhas de roda
                                          Gira, a entreter a razão,
                                          Esse comboio de corda
                                          Que se chama coração.

                                                                        Fernando Pessoa
                                          

                                           Do livro: Poesias de Fernando Pessoa - pag. 237
                                           Obras completas de Fernando Pessoa
                                           Abril\ 1980
                                           Edição Ática.  - Lisboa -  
                                         

domingo, 9 de fevereiro de 2014



VAMOS FALAR DE POESIA?

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POESIA

              É

                 POESIA

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POESIA É UM MOMENTO DA VIDA

 E                                                               

DA ALMA

DO              

POETA...


                                              yosinoli
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