sábado, 31 de maio de 2014
REMINISCIÊNCIA.....
Relembro os meus dias de outrora
- Da minha terra benfazeja -
Tão linda na aurora
Primaveril, outonal que seja....
Sonho, encanto e beleza...
Nada digo, o que não seja.
Amor, felicidade e tristeza,
Hoje, sinto meditando na igreja...
Deus!... olhai para nós
Nos momentos de incerteza....
Quando, então, só restar a Tua grandeza...
Volvei o Teu olhar generoso
A mim, a nós, a todos....
Senhor, meu Deus, sejai piedoso!...
yosinoli
década de 70
domingo, 25 de maio de 2014
................................
Nesse azul céu da minha
Que, quando na primavera
Nos campos, as flores, cerram
Nele, bando de aves, impera...
Esse azul céu da minha terra,
Que é tão belo quando a noite chega,
Pontilhado de estrelas se encerra
E, onde o meu vago olhar se entrega...
Sob o azul céu da minha terra
...................................................
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...................................................
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yosinoli
Década de 70
OBSERVAÇÃO: Nos lugares onde estão pontilhados, há tantas coisas para se escrever: corrupções, tráfico de influências, tráfico de órgãos, tráfico de crianças, agressão à natureza, em "Estadão online - MP apura fraude de R$ 2 bilhões em contratos de rodovia em SP - Sábado, 24/05/2014 -" (coitado do meu, do seu, do nosso país ), falta de respeito à vida..., há tantas coisas para serem enumeradas......
sábado, 24 de maio de 2014
Farpas entre Eça e Machado
JORNAL DA TARDE Caderno de Sábado Sábado - 16-9-95
Farpas entre Eça e Machado
Por A. Campos Matos
Machado de Assis, romancista e contista brasileiro (1839-1908), autodidata, autor das Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), um dos clássicos da literatura do Brasil, escreveu extenso artigo crítico sobre O Crime do Padre Amaro e sobre Primo Basílio, publicado a 16 de abril de 1878 na revista Cruzeiro e reproduzido em 1881 no livro Crítica. Deste artigo resultaria grande repercussão e polêmica, tornando Eça conhecido nos meios literários do Brasil como romancista. Daqui resultou também um segundo escrito de Machado de Assis, publicado na mesma revista (30-4-1878), defendendo-se dos que no Brasil atacavam a sua severidade crítica.
No essencial, a crítica de Machado de Assis aborda os temas seguintes: considera Eça um fiel e aspérrimo discípulo do realismo propagado pelo autor do Assomoiri; O Crime do Padre Amaro é para ele imitação do romance de Zola, La Faute de L'Abbé Mouret, embora não contestando a originalidade de Eça, atribui o maior atrativo do romance e o seu sucesso à temática do "pomo defeso".
Quanto ao Primo Basílio, o seu sucesso ainda maior estava também no "requinte de certos lances, que não destoam do paladar público". Luisa é para ele um títere, acrescentando. "Não quero dizer que não tenha nervos e músculos, não tem mesmo outra coisa; não lhe peçam paixões nem remorsos, menos ainda consciência." Para Machado, " A catástrofe é o resultado de uma circunstância fortuita e nada mais", ou seja, não resulta de condições intrínsecas à própria Luisa. "Para que Luisa me atraia e me prenda", diz Machado, "é preciso que as tribulações que a afligem venham dela mesmo." O mais grave, porém, o "gravíssimo", para Machado, é o predomínio, da "sensação física" no realismo queirosiano, a crueza dos episódios, que é a "medula da composição", o que resultaria das preocupações de escola. Também a excessiva abundância do "acessório" e a presença de um erotismo sem restrições merecem a sua reprovação.
Para Machado, o realismo de Eça é uma "doutrina caduca, embora no verdor dos anos. Esse messianismo literário literário não tem a força da universidade nem da vitalidade, traz consigo a decrepitude". Finalmente, Machado conclui com dizer: "O seu dom de observação, aliás pujente, é complacente em demasia, sobretudo, é exterior, e superficial".
Em carta de Newcastle de 29-6-1878. Eça responde a Machado de Assis: "Apesar de me ser em geral adverso, quase severo, e de ser inspirado por uma hostilidade quase partidária à Escola Realista - esse artigo todavia, pela sua elevação e pelo talento com que está feito honra o meu livro, quase lhe aumenta a autoridade." Eça reserva-se então para melhor oportunidade, para quando conhecesse tudo o que Machado escrevera sobre os seus livros, para discutir com ele "a defesa da Escola que eles representam e que eu considero como um elevado fator de progresso moral da sociedade moderna".
Dois anos depois, na versão de 1880 do Crime do Padre Amaro, Eça defende-se da acusação de ter imitado Zola, ainda que não refira o nome de Machado de Assis, no prólogo a essa edição: "Com o conhecimento dos dois livros, só uma obtusidade córnea ou uma má-fé cínica poderia assemelhar esta bela alegoria idílica, a que está misturado o patético drama de uma alma mística, ao Crime do Padre Amaro que, como podem ver neste novo trabalho, é apenas, no fundo, uma intriga de cléricos e de beatas tramada e murmurada à sombra de uma velha Sé de província portuguesa. "Eça parece, no entanto, ter atendido nesta versão às críticas do escritor brasileiro, remodelando certos pontos fundamentais que este criticara.
Verbete extraído do Dicionário de Eça de Queiroz, organizado por A. Campos Matos, Editorial Caminho, Portugal. O autor é arquiteto e estudioso da obra de Eça de Queiroz
Émile Zola: para Machado de Assis, O Crime do Padre Amaro é um plágio do romance La Faute de L'Abbé Mouret, do escritor francês
NOTA: Texto retirado de: Jornal da Tarde - Caderno de Sábado do dia -Sábado, 16- 9-95.
Jornal da Tarde pertencia ao "O Estado de São Paulo"
OBSERVAÇÃO: É interessante ver essas discussões entre dois escritores famosos antigos.
Observa-se que, mesmo entre eles haviam divergências de opinião a respeito da escola literária que estavam vivendo e que pertenciam: " Escola Realista".
Eu, particularmente gosto ler isso, em outros termos: me divirto......lendo...
Machado de Assis também escrevia poesias:
A Carolina
Querida, ao pé do leito derradeiro
Em que descansas dessa longa vida,
Aqui venho e verei, pobre querida,
Trazer-te o coração de companheiro.
Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
Que, a despeito de toda a humana lida
Fez a nossa existência apetecida
E num recanto pôs um mundo inteiro.
Trago-te flores, - restos arrancados
Da terra que nos viu passar unidos
E ora mortos nos deixa e separados.
Que eu, se tenho nos olhos malferidos
Pensamentos de vida formulados,
São pensamentos idos e vividos.
pag. 309
Machado de Assis
Do livro: MACHADO DE ASSIS
Coletânia Escritores Brasileiros
Antologia & Estudos
Autores: vários
Editora Ática - 1982 -
Quanto ao Primo Basílio, o seu sucesso ainda maior estava também no "requinte de certos lances, que não destoam do paladar público". Luisa é para ele um títere, acrescentando. "Não quero dizer que não tenha nervos e músculos, não tem mesmo outra coisa; não lhe peçam paixões nem remorsos, menos ainda consciência." Para Machado, " A catástrofe é o resultado de uma circunstância fortuita e nada mais", ou seja, não resulta de condições intrínsecas à própria Luisa. "Para que Luisa me atraia e me prenda", diz Machado, "é preciso que as tribulações que a afligem venham dela mesmo." O mais grave, porém, o "gravíssimo", para Machado, é o predomínio, da "sensação física" no realismo queirosiano, a crueza dos episódios, que é a "medula da composição", o que resultaria das preocupações de escola. Também a excessiva abundância do "acessório" e a presença de um erotismo sem restrições merecem a sua reprovação.
Para Machado, o realismo de Eça é uma "doutrina caduca, embora no verdor dos anos. Esse messianismo literário literário não tem a força da universidade nem da vitalidade, traz consigo a decrepitude". Finalmente, Machado conclui com dizer: "O seu dom de observação, aliás pujente, é complacente em demasia, sobretudo, é exterior, e superficial".
Em carta de Newcastle de 29-6-1878. Eça responde a Machado de Assis: "Apesar de me ser em geral adverso, quase severo, e de ser inspirado por uma hostilidade quase partidária à Escola Realista - esse artigo todavia, pela sua elevação e pelo talento com que está feito honra o meu livro, quase lhe aumenta a autoridade." Eça reserva-se então para melhor oportunidade, para quando conhecesse tudo o que Machado escrevera sobre os seus livros, para discutir com ele "a defesa da Escola que eles representam e que eu considero como um elevado fator de progresso moral da sociedade moderna".
Dois anos depois, na versão de 1880 do Crime do Padre Amaro, Eça defende-se da acusação de ter imitado Zola, ainda que não refira o nome de Machado de Assis, no prólogo a essa edição: "Com o conhecimento dos dois livros, só uma obtusidade córnea ou uma má-fé cínica poderia assemelhar esta bela alegoria idílica, a que está misturado o patético drama de uma alma mística, ao Crime do Padre Amaro que, como podem ver neste novo trabalho, é apenas, no fundo, uma intriga de cléricos e de beatas tramada e murmurada à sombra de uma velha Sé de província portuguesa. "Eça parece, no entanto, ter atendido nesta versão às críticas do escritor brasileiro, remodelando certos pontos fundamentais que este criticara.
Verbete extraído do Dicionário de Eça de Queiroz, organizado por A. Campos Matos, Editorial Caminho, Portugal. O autor é arquiteto e estudioso da obra de Eça de Queiroz
Émile Zola: para Machado de Assis, O Crime do Padre Amaro é um plágio do romance La Faute de L'Abbé Mouret, do escritor francês
NOTA: Texto retirado de: Jornal da Tarde - Caderno de Sábado do dia -Sábado, 16- 9-95.
Jornal da Tarde pertencia ao "O Estado de São Paulo"
OBSERVAÇÃO: É interessante ver essas discussões entre dois escritores famosos antigos.
Observa-se que, mesmo entre eles haviam divergências de opinião a respeito da escola literária que estavam vivendo e que pertenciam: " Escola Realista".
Eu, particularmente gosto ler isso, em outros termos: me divirto......lendo...
Machado de Assis também escrevia poesias:
A Carolina
Querida, ao pé do leito derradeiro
Em que descansas dessa longa vida,
Aqui venho e verei, pobre querida,
Trazer-te o coração de companheiro.
Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
Que, a despeito de toda a humana lida
Fez a nossa existência apetecida
E num recanto pôs um mundo inteiro.
Trago-te flores, - restos arrancados
Da terra que nos viu passar unidos
E ora mortos nos deixa e separados.
Que eu, se tenho nos olhos malferidos
Pensamentos de vida formulados,
São pensamentos idos e vividos.
pag. 309
Machado de Assis
Do livro: MACHADO DE ASSIS
Coletânia Escritores Brasileiros
Antologia & Estudos
Autores: vários
Editora Ática - 1982 -
domingo, 18 de maio de 2014
CASTRO ALVES
A canção do africano
Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão...
De um lado, uma negra escrava
Os olhos no filho crava,
Que tem no colo a embalar...
E à meia voz lá responde
Ao canto, e filhinho esconde,
Talvez pra não o escutar!
"Minha terra é lá bem longe,
Das bandas de onde o sol vem;
Esta terra é mais bonita,
Mas à outra eu quero bem!
"O sol faz lá tudo em fogo,
Faz em brasa toda a areia;
Ninguém sabe como é belo
Ver de tarde a papa-ceia!
"Aquelas terras tão grandes,
Tão compridas como o mar,
Com suas poucas palmeiras
Dão vontade de pensar...
"Lá todos vivem felizes,
Todos dançam no terreiro;
A gente lá não se vende
Como aqui, só por dinheiro".
O escravo calou a fala,
Porque na úmida sala
O fogo estava a apagar;
E a escrava acabou o seu canto,
Pra não acordar com o pranto
O seu filhinho a sonhar!
.....................................................
O escravo então foi deitar-se,
Pois tinha de levantar-se
Bem antes do sol nascer,
E se tardasse, coitado,
Teria de ser surrado,
Pois bastava escravo ser.
E a cativa desgraçada
Deita seu filho, calada,
E põe-se triste a beijá-lo,
Talvez temendo que o dono
Não viesse, em meio do sono,
De seus braços arrancá-lo!
Castro Alves
Páginas: 25/26
Do livro: CASTRO ALVES
O Navio Negreiro e Outros Poemas Escravistas
Seletiva Editora
Belo Horizonte
2009
sábado, 17 de maio de 2014
VAMOS FALAR DE POESIA?.....
Teus olhos me dizem que estás triste,
-Nada neste mundo me enganaria-
Olhe: Vamos viver alegremente...
Não fiques calada,
Não tenhas dúvidas de nada,
Acredites em teu futuro...
Experimente: Olhes além do muro.
Verás que há mais flores,
Mais beleza na vida acharás,
Encantos mil, encontrarás...
Menina de boina preta,
Não fiques assim..., o porvir há de sorrir...
yosinoli
década de 1970
OBSERVAÇÃO: No espelho é refletida a nossa imagem, entretanto, em nossos olhos é refletida a imagem do nosso coração...
domingo, 11 de maio de 2014
EU E MAMÃE
Mamãe: você se recorda
de quando eu era menino
e saía sem destino
à procura de um brinquedo?...
Papai ficava escrevendo
e toda vez que eu saía
você sempre me dizia:
"Não demore! Volte cedo!"
E quando eu deixava a mesa,
ia em direção à sala,
escutava a sua fala:
"Meu relógio nunca atrasa!"
E para mim se voltando,
dizia, depois da ceia:
"O mais tardar, nove e meia,
Você tem que estar em casa!"
Eu saía, como o vento,
correndo pelas calçadas,
brincando com os camaradas
sem presente e sem porvir!
Faltando cinco minutos,
a brincadeira acabava;
e, às nove e meia, eu voltava,
para rezar e dormir...
À beira da minha cama,
você Mamãe, se sentava
e tranquila me ensinava
Pai-nosso... Ave-maria...
Depois lhe pedia a bênção,
pedia a papai também,
sem falar mais com ninguém,
fechava os olhos, dormia...
Fui crescendo! Fui crescendo!
E, quando mudei de idade,
acabou-se a liberdade
do menino independente!
Com a carta do ABC,
um lápis, uma sacola,
você me pôs numa escola,
- outro mundo diferente!
Mas um dia, a professora
me bateu!... Não sei por quê!
Minha carta do ABC
lhe atirei de encontro ao rosto!
E você, sabendo disso,
caiu prostrada em pranto!
Seu sofrimento foi tanto,
quase morri de desgosto!
Lá me fui para outra escola!
Aquela não me aceitava!
- Dona Faninha me odiava!
pobre velha sofredora!
Hoje, dou graças a Deus,
por algo ter aprendido
e vivo arrependido
do que fiz com a professora!
.............................................
Hoje, que o tempo passou
e eu acordei para a vida,
é que sei, Mamãe querida,
os erros que pratiquei!...
Você bem sabe, mamãe,
que eu fui um menino horrível
pela série indescritível
dos desgostos que lhe dei!
Ajoelho-me ante a distância,
para lhe pedir perdão
e dizer de coração:
"Seu filho se arrependeu!"
Arrependi-me, Mamãe,
de tudo ter praticado,
por isso odeio o passado,
Só porque você sofreu!...
Mas a mamãe carinhosa,
amiga fraterna e boa,
ama, padece, perdoa,
faz o que você me fêz!
Se eu voltasse à minha infância,
seria feliz, porque
estou certo que você
me perdoaria outra vez!
Jansen Filho
pag. 84 a 86
Do livro: Língua e Literatura
Brasileira
Volume I
Editora F.T.D S.A
Data: 31/07/1966 - conforme " À GUISA DE APRESENTAÇÃO " - PAG. 7/8
de quando eu era menino
e saía sem destino
à procura de um brinquedo?...
Papai ficava escrevendo
e toda vez que eu saía
você sempre me dizia:
"Não demore! Volte cedo!"
E quando eu deixava a mesa,
ia em direção à sala,
escutava a sua fala:
"Meu relógio nunca atrasa!"
E para mim se voltando,
dizia, depois da ceia:
"O mais tardar, nove e meia,
Você tem que estar em casa!"
Eu saía, como o vento,
correndo pelas calçadas,
brincando com os camaradas
sem presente e sem porvir!
Faltando cinco minutos,
a brincadeira acabava;
e, às nove e meia, eu voltava,
para rezar e dormir...
À beira da minha cama,
você Mamãe, se sentava
e tranquila me ensinava
Pai-nosso... Ave-maria...
Depois lhe pedia a bênção,
pedia a papai também,
sem falar mais com ninguém,
fechava os olhos, dormia...
Fui crescendo! Fui crescendo!
E, quando mudei de idade,
acabou-se a liberdade
do menino independente!
Com a carta do ABC,
um lápis, uma sacola,
você me pôs numa escola,
- outro mundo diferente!
Mas um dia, a professora
me bateu!... Não sei por quê!
Minha carta do ABC
lhe atirei de encontro ao rosto!
E você, sabendo disso,
caiu prostrada em pranto!
Seu sofrimento foi tanto,
quase morri de desgosto!
Lá me fui para outra escola!
Aquela não me aceitava!
- Dona Faninha me odiava!
pobre velha sofredora!
Hoje, dou graças a Deus,
por algo ter aprendido
e vivo arrependido
do que fiz com a professora!
.............................................
Hoje, que o tempo passou
e eu acordei para a vida,
é que sei, Mamãe querida,
os erros que pratiquei!...
Você bem sabe, mamãe,
que eu fui um menino horrível
pela série indescritível
dos desgostos que lhe dei!
Ajoelho-me ante a distância,
para lhe pedir perdão
e dizer de coração:
"Seu filho se arrependeu!"
Arrependi-me, Mamãe,
de tudo ter praticado,
por isso odeio o passado,
Só porque você sofreu!...
Mas a mamãe carinhosa,
amiga fraterna e boa,
ama, padece, perdoa,
faz o que você me fêz!
Se eu voltasse à minha infância,
seria feliz, porque
estou certo que você
me perdoaria outra vez!
Jansen Filho
pag. 84 a 86
Do livro: Língua e Literatura
Brasileira
Volume I
Editora F.T.D S.A
Data: 31/07/1966 - conforme " À GUISA DE APRESENTAÇÃO " - PAG. 7/8
JANSEN FILHO - Nasceu em Monteiro, Paraíba em 1925 - Educou-se no Rio de Janeiro. Reside atualmente em belo Horizonte. Percorre o país, dando conferências, recitando, improvisando. É a mais sonora das cigarras sertanejas, disse dele Agripino Grieco. A poesia de Jansen Filho é da mais alta extração: recatada e social; patriótica e cristã; universal e polifórmica. OBRAS: Auroras e Crepúsculos; A Coruja do meu Bairro; Canções de Marizete; Céus de Minha Aldeia; Negros que Meus Olhos não Viram; Procissão de Sombras; Fôlhas que o tempo Levou; Guitarra Partida; Recordações do Meu Pai; Rua Sem nome.
sábado, 10 de maio de 2014
AINDA ARISTÓFANES....
NOTA SOBRE LISÍSTRATA - A GREVE DO SEXO...
Cansada de uma guerra que já durava vinte anos, as mulheres de Atenas, de Esparta da Beócia e de Corinto (cidades gregas mais duramente atingidas pela luta), chefiadas pela ateniense Lisístrata, decidiram por fim às hostilidades usando de uma tática pouco ortodoxa: uma greve de sexo. Para melhor conseguir seu objetivo ocuparam a cidadela de Atenas - a Acrópole - e tomaram conta do Tesouro. Os maridos não resistiram à greve e concluíram um tratado de paz, depois de uma série de peripécias de grande efeito cômico apesar da ousadia dos detalhes.
A peça de Aristófanes foi uma tentativa real de acabar com uma guerra de verdade. Na época em que foi representada a peça (411 a.C.), Atenas atravessava um período dificílimo de sua história, ainda não refeita do desastre da expedição malograda à Sicília (413 a.C.). Abandonados por seus aliados, os atenienses tinham a 24 quilômetros da cidade as tropas espartanas. Essa luta fratricida enfranquecia a Grécia toda, pondo-a à mercê dos bárbaros. Inspirado por um profundo sentimento de patriotismo e humanidade, Aristófanes se fez o porta-voz de todas as esposas e mães gregas e, por intermédio de Lisístrata, lançou um veemente apelo em favor da paz, não somente aos atenienses mas a todos os gregos. Infelizmente a mensagem de Aristófanes não foi ouvida e a guerra continuou, arruinando a Grécia, e as guerras continuaram, mutilando o mundo.
Embora a Lisístrata seja a mais licenciosa das comédias de Aristófanes, pela elevação dos sentimentos que animam a heroína, pela nobreza das intenções do comediógrafo e por suas próprias qualidades como teatro, a peça bem merece a fama que até hoje desfruta em todas as platéias civilizadas. Vinte e quatro séculos de guerras tornam-na cada vez mais atual e não diminuíram em nada o brilho da comédia e mesmo espiritualidade que mal se dissimula por trás da crueza do argumento.
Do livro: A greve do sexo
(Lisístrata)
A revolução
das mulheres
Tradução e adaptação
Mário da Gama Kury
editora brasiliense
1988
OBSERVAÇÃO: Lisístrata e As Nuvens: acho que vale a pena conferir....
Embora a Lisístrata seja a mais licenciosa das comédias de Aristófanes, pela elevação dos sentimentos que animam a heroína, pela nobreza das intenções do comediógrafo e por suas próprias qualidades como teatro, a peça bem merece a fama que até hoje desfruta em todas as platéias civilizadas. Vinte e quatro séculos de guerras tornam-na cada vez mais atual e não diminuíram em nada o brilho da comédia e mesmo espiritualidade que mal se dissimula por trás da crueza do argumento.
Do livro: A greve do sexo
(Lisístrata)
A revolução
das mulheres
Tradução e adaptação
Mário da Gama Kury
editora brasiliense
1988
OBSERVAÇÃO: Lisístrata e As Nuvens: acho que vale a pena conferir....
domingo, 4 de maio de 2014
ARISTÓFANES
ARISTÓFANES
É incerta a data do seu nascimento, podendo-se aceitar o ano de 445-444 a.C., pois quando estreou em 427 a.C. era ainda adolescente, e deve ter atingido o apogeu, aos 40 anos, por volta de 404 a.C.
Gozou os benefícios duma educação cuidada, segundo os moldes tradicionais, pois revela um conhecimento profundo dos poetas épicos, líricos e elegíacos e da obra dos físicos, sofistas e poetas trágicos e cômicos.
Além da tradição sobre os processos que lhe foram movidos por Cleão, acusando-o sucessivamente de crime contra a pátria e de usurpação da cidadania ateniense, pouco sabemos da vida de Aristófanes.
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O momento político e a obra
Durante aproximadamente 40 anos de vida literária, Aristófanes compôs cerca de 40 comédias, de que chegaram até nós 11 completas, além de títulos e fragmentos de outras.
Num simples exame do elenco de suas peças, mormente dos títulos e argumentos das 11 comédias supérstites, ressalta desde logo a íntima relação do poeta com as dificuldades e problemas da cidade em que viveu. Sem pecar pelo excesso dos que chegam a admitir a obra de Aristófanes como um espelho fiel das instituições da democracia ateniense ou como o trabalho de um novo Tucídides, não podemos deixar de observar a sua extrema preocupação com todos os aspectos da vida de Atenas, quer no campo social e político que no âmbito da religião e cultura.
Grosso modo, podemos classificar as comédias de Aristófanes em três grupos:
I - Comédias políticas
a-) política externa:
- Acarnianos, Paz, Lisístrata
b-) política interna:
- Cavaleiros, Vespas
II - Comédias de crítica da
vida intelectual: - Nuvens, Tesmofórias, Rãs
III - Comédias de fuga,
Alegorias: - Aves, Assembléia das Mulheres, Pluto.
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Texto tirado do livro: As Nuvens
Aristófanes
Páginas: 09, 10, 11 - Cap. 01
1967
Tradução, introdução e notas de
Gilda Maria Reale Starzynsky
Sob a direção do Prof. J.Cavalcante de Souza
Páginas: 09, 10, 11 - Cap. 01
1967
Tradução, introdução e notas de
Gilda Maria Reale Starzynsky
Sob a direção do Prof. J.Cavalcante de Souza
PEQUENA BIBLIOTECA DIFEL
Textos greco-latinos
III
sábado, 3 de maio de 2014
Belo filme (TV Manchete)
Vanessa Redgrave,
Fazendo papel de
Júlia...
Jane Fonda
O de
Lilian....
-Belo filme
Que passou no canal Nove,
Hoje, 26/12/1983 às Nove
E meia da noite.-
O nome do filme...
Ah!...já ia me esquecendo...
JÚLIA...
História de uma amizade
Profunda entre
Escritora (Lilian) e
Com a politicamente engajada
Amiga (Júlia)...
.........................
Final dramático:
Júlia é assassinada,
Assassinada
Pelos nazistas....
..........................
Senti o coração apertado....
yosinoli
década de 80
Fazendo papel de
Júlia...
Jane Fonda
O de
Lilian....
-Belo filme
Que passou no canal Nove,
Hoje, 26/12/1983 às Nove
E meia da noite.-
O nome do filme...
Ah!...já ia me esquecendo...
JÚLIA...
História de uma amizade
Profunda entre
Escritora (Lilian) e
Com a politicamente engajada
Amiga (Júlia)...
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Final dramático:
Júlia é assassinada,
Assassinada
Pelos nazistas....
..........................
Senti o coração apertado....
yosinoli
década de 80
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